BOLSA OPERA EM QUEDA SOB PRESSãO DE VALE; DóLAR SOBE ANTES DE DADOS DOS EUA

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Apesar de ter começado o dia em alta, a Bolsa brasileira virou e passou a registrar queda na manhã desta segunda-feira (22), sob pressão das ações da Vale, que caíam mais de 1%.

O mercado segue acompanhando os desdobramentos da crise dos dividendos da Petrobras. Na sexta (19), a Folha de S.Paulo noticiou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu sinal verde para o governo votar pela distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da Petrobras.

A medida deve significar um ingresso de cerca de R$ 6 bilhões aos cofres da União, acionista controlador da empresa estatal.

Em comunicado ao mercado, a estatal disse que a maioria do conselho considera satisfatórios os esclarecimentos e atualizações sobre a financiabilidade da empresa no curto, médio e longo prazo de modo que a eventual distribuição dos dividendos não comprometeria a sustentabilidade da empresa.

"Eventual distribuição dos 50% remanescentes pela Companhia, a título de dividendos intermediários, será avaliada pelo conselho de administração ao longo do exercício corrente", disse a Petrobras.

Nesta manhã, as ações da Petrobras operam em alta moderada.

No câmbio, o dólar sobe desde o início do dia, enquanto investidores aguardam novos dados econômicos dos Estados Unidos.

Esse movimento estava em linha com o avanço de 0,20% do índice do dólar frente a uma cesta de moedas fortes, com investidores à espera dos dados do índice de inflação PCE, o preferido do Federal Reserve, na sexta-feira. Após números de preços ao consumidor deste mês, os mercados adiaram apostas num primeiro corte de juros pelo Fed para setembro.

O mercado também aguarda números do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA referentes ao primeiro trimestre, a serem divulgados na quinta.

Às 10h50, o Ibovespa caía 0,33%, aos 124.699, enquanto o dólar subia 0,24%, cotado a R$ 5,211.

Investidores também seguem de olho nas perspectivas fiscais do Brasil, num momento em que cresceram as apostas em desaceleração do afrouxamento monetário do Banco Central devido aos riscos de deterioração das contas públicas.

Em teoria, um ritmo mais lento de afrouxamento monetário no Brasil seria positivo para o real, uma vez que isso preservaria melhor a rentabilidade do mercado de renda fixa, atraindo investidores estrangeiros.

No entanto, esse impulso poderia não ter efetividade caso fosse motivado por deterioração do risco fiscal, já que esse também é um fator levado em consideração por agentes financeiros na hora de escolher destinos de investimento.

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