CONHEçA O POTENCIAL E OS DESAFIOS DOS INVESTIMENTOS EM PRIVATE EQUITY

Os investimentos em empresas de capital privado no Brasil trazem retornos interessantes. Nos últimos 30 anos, os investimentos de private equity trouxeram um retorno médio de 2,9 vezes o capital investido. Um estudo realizado pela Spectra em parceria com o Insper e a Abvcap aponta que, para cada R$ 1 investido na compra de uma participação em uma empresa, o retorno no momento da venda foi de R$ 2,90.

Esse número é bastante positivo quando comparado com a média global, onde o retorno dos fundos foi de 2,19 vezes no intervalo entre 2015 e 2019. No entanto, o investimento de altíssimo risco não é para qualquer um. O private equity é um tipo de investimento, feito de forma privada, onde um investidor aporta seu capital diretamente em empresas com potencial de crescimento a médio e longo prazo, com o intuito de lucrar com uma venda futura. O mercado global de fundos de private equity tem um valor estimado de US$ 800 bilhões (R$  a US$ 1 trilhão, segundo o Goldman Sachs.

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“Você precisa tolerar riscos e ter um patrimônio à altura. Estamos falando de cheques de R$ 1 milhão a R$ 10 milhões”, diz Daniel Marigliano, economista da FCJ Group, aceleradora de startups. “É um investimento direcionado a investidores qualificados, institucionais e profissionais.”

Com o foco em desenvolver a companhia, os gestores dos fundos costumam ser vozes ativas no comando das empresas, podendo ocupar um cargo de presidente do conselho, vice-presidente ou apenas membro. Empresas como Quinto Andar e Lojas Quero-Quero são exemplos de companhias que receberam esse tipo de investimento.

“É um investimento que pode trazer alto retorno e que não sofre com oscilações do mercado no curto prazo, como ações”, diz Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual. “No entanto, é para quem tem paciência e busca investimentos de médio e longo prazo.” O tempo mínimo de permanência do fundo é de cinco anos, mas pode ultrapassar os 10 anos.

Para os especialistas, antes de investir, é necessário avaliar se a estratégia adotada pelo fundo se assemelha ao perfil do investidor, atentar às questões de taxa de administração, taxa de performance e o tipo de empresa que aquele private equity aporta. Além disso, é importante verificar como o fundo se relaciona com a empresa: ele só aporta dinheiro ou assume uma cadeira na direção? Ele interfere na gestão ou apenas observa?

“É necessário fazer uma análise de quem é o gestor, o perfil dele, o histórico de mercado, conquistas e, principalmente, derrotas. É necessário ter a percepção completa daquele fundo”, diz Marigliano.

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