FIQUE POR DENTRO DAS 5 PRINCIPAIS NOTíCIAS DO MERCADO DESTA SEXTA-FEIRA
Por Scott Kanowsky e Jessica Bahia Melo
Investing.com – Os futuros das ações americanas operavam em alta nesta sexta-feira, 10, antes da abertura das Bolsas em Nova York, ampliando os ganhos registrados na sessão anterior.
Na agenda do dia, os destaques são os dados sobre o sentimento dos consumidores nos EUA e a inflação (IPCA) de abril no Brasil, enquanto os investidores se preparam para os indicadores de preço americanos na semana que vem.
No cenário corporativo, as montadoras chinesas de veículos elétricos viram suas ações cair no pregão de Hong Kong, após rumores de que os EUA estariam se preparando para aplicar novas tarifas contra essas companhias.
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1. Futuros americanos em alta
Os futuros das ações nos EUA registraram alta na sexta-feira, enquanto os investidores se preparam para importantes dados de inflação na próxima semana e analisam uma série de resultados corporativos. Às 7h50 (horário de Brasília), o S&P 500 subia 0,37%, o Nasdaq 100 avançava 0,46% e o Dow se valorizava 0,34%.
Na quinta-feira, o índice de blue chips Dow Jones Industrial alcançou sua sétima sessão consecutiva de ganhos, impulsionado por uma alta nos pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA, acima do esperado. Esse aumento sugere um possível arrefecimento no mercado de trabalho, fortalecendo a expectativa de que o Federal Reserve possa iniciar a redução das taxas de juros já em setembro, após mantê-las em um pico de mais de duas décadas.
O Dow fechou o dia em seu nível mais alto desde 1º de abril, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq Composite, de forte presença tecnológica, também apresentaram avanços.
No mercado de ações, a fabricante de chips Arm Holdings (NASDAQ:ARM) teve uma queda de 2,3% devido a projeções de receita anual abaixo das expectativas, enquanto a plataforma de videogames Roblox (NYSE:RBLX) despencou 22,1% após revisar para baixo sua previsão de reservas para o ano.
Os mercados agora voltam sua atenção para os dados sobre os preços ao produtor e ao consumidor dos EUA na próxima semana, que poderão oferecer novas perspectivas sobre a trajetória inflacionária da maior economia mundial.
A leitura preliminar do índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan para maio deve ser um destaque em um dia tranquilo no calendário econômico desta sexta-feira.
Analistas esperam que o índice fique em 76,0, abaixo dos 77,2 registrados em abril. Apesar da queda, os economistas consideram que uma variação de 5 pontos seria necessária para ser estatisticamente significativa, o que não aconteceu desde janeiro.
Em abril, Joanne Hsu, diretora de Pesquisas de Consumidores da Universidade de Michigan, comentou que a maioria dos consumidores americanos está "reservando seu julgamento sobre a economia" à espera da crucial eleição presidencial em novembro.
Além disso, também serão divulgados os dados das expectativas inflacionárias para o próximo ano. O índice subiu para 3,2% em abril, de 2,9% em março, ficando um pouco acima da faixa de 2,3% a 3,0% observada nos dois anos anteriores à pandemia da covid-19.
ACOMPANHE: Cotações das ações americanas
2. Ouro pode encerrar semana com ganhos
Os preços do ouro aumentaram no mercado europeu nesta sexta-feira, estendendo os ganhos noturnos, à medida que novos indícios de desaceleração no mercado de trabalho dos EUA impactaram o dólar e os rendimentos do Tesouro, favorecendo a valorização do metal precioso.
Os preços do ouro agora parecem prontos para interromper uma sequência de perdas semanais, impulsionados também pela contínua procura por refúgios seguros, em meio às especulações de que Israel e o Hamas não alcançarão um acordo de cessar-fogo. Relatos de novas tarifas comerciais dos EUA contra a China também motivaram a busca por segurança.
Os futuros do ouro registraram alta de 1,86%, alcançando US$ 2.383,75 por onça.
Os preços à vista estão a caminho de registrar um aumento de mais de 2% nesta semana, marcando a primeira semana positiva após três semanas de queda. No entanto, ainda estão significativamente abaixo dos recordes alcançados no final de abril.
CONFIRA: Cotação das principais commodities
3. Montadoras chinesas de VEs caem com notícias de tarifas dos EUA
As ações dos principais fabricantes chineses de veículos elétricos sofreram quedas na sexta-feira após a divulgação de relatórios indicando que os EUA estavam planejando novas tarifas contra companhias do país, mirando especificamente o setor de veículos elétricos e outros segmentos vitais.
Li Auto (HK:2015), Nio (HK:9866) e BYD (HK:1211) registraram quedas entre 1% e 4% no mercado de Hong Kong, em contraste com um aumento de 2,5% no Hang Seng.
Xiaomi (HK:1810), que recentemente lançou seu modelo de veículo elétrico SU7, recuperou-se de uma queda inicial de 0,9% para fechar em alta. Por outro lado, a gigante na produção de baterias Contemporary Amperex Technology (SZ:300750) viu suas ações caírem 2,8%, após relatos de que o setor de baterias também seria alvo das novas tarifas.
Segundo informações da Bloomberg e da Reuters, o presidente dos EUA, Joe Biden, está preparado para anunciar as novas tarifas sobre a China já na próxima semana, que serão uma extensão de algumas impostas anteriormente por Donald Trump. No entanto, as novas medidas serão mais específicas, focando em setores estratégicos como veículos elétricos, baterias e equipamentos de energia solar.
4. Preços do petróleo sobem
Os preços do petróleo tiveram alta na sexta-feira, posicionando-se para registrar um ganho semanal após dados recentes dos EUA e da China, os maiores consumidores de petróleo do mundo, indicarem um aumento na demanda.
Às 7h50, os contratos futuros do petróleo dos EUA foram negociados com alta de 0,86%, a US$ 79,94 por barril, enquanto o Brent avançava 0,73%, a US$ 84,49 por barril.
Ambos os contratos estão a caminho de acumular um ganho de cerca de 2% cada nesta semana, recuperando-se das significativas perdas registradas na semana anterior.
Dados surpreendentemente positivos sobre importações da China, o maior importador mundial de petróleo, aliados à queda nos estoques de petróleo bruto dos EUA, fortaleceram as expectativas de melhora na demanda global por petróleo.
5. Inflação em foco no Brasil
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga os dados da inflação oficial brasileira de abril medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nesta sexta-feira, 10, com a expectativa consensual indica uma alta de 0,35%, após variação de 0,16% em abril.
Se a projeção se concretizar, o indicador em doze meses cairia de 3,93% para 3,66%, continuando o processo de desinflação, mas ainda superior ao centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, mas dentro do intervalo tolerância de 1,5 ponto percentual.
O indicador prévio, o IPCA-15, subiu 0,21% em abril, com impulso do grupo de alimentação e bebidas, de acordo com o instituto IBGE.
Em entrevista ao Investing.com Brasil, Felipe Lacs Sichel, economista-chefe da Porto Asset, destacou que a inflação dos serviços deve ser monitorada de perto, pois estes estariam “correlacionados com ciclo econômico, com o mercado de trabalho, que segue aquecido”.
Às 7h50 (de Brasília), o ETF EWZ (NYSE:EWZ) subia 0,36% no pré-mercado.
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