IBOVESPA SOBE 0,02%, EM LINHA COM O DESEMPENHO NEGATIVO DAS BOLSAS AMERICANAS

O Ibovespa fechou próximo da estabilidade com um leve avanço nesta quinta-feira, interrompendo uma sequência de seis sessões consecutivas de queda, em linha com o desempenho negativo das bolsas americanas. Os mercados ainda operam com o sentimento de aversão ao risco predominando entre os investidores, à medida que incertezas sobre o futuro da política monetária geram certo pessimismo.

O Índice Bovespa (Ibovespa), que reflete o desempenho médio das cotações das principais ações de empresas negociadas na BM&FBOVESPA, é formado pelas ações com maior volume negociado nos últimos meses.

O Ibovespa fechou com um leve avanço de 0,02%, aos 124.196 pontos, com volume de negócios de R$16,4 bilhões, considerado mediano.

As atenções de investidores se voltaram mais uma vez para declarações de importantes figuras que movem a política monetária no Brasil. Durante um evento em Washington, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que um cenário com dólar forte “é sempre um problema” e pode gerar reação de bancos centrais pelo mundo. Para o presidente do BC, o movimento reduz a liquidez global, especialmente para países emergentes e de baixa renda, o que também impacta o câmbio.

Campos Neto reiterou que o BC só intervém no mercado de câmbio quando detecta problemas em seu funcionamento, e não age contra questões que entende como estruturais.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também falou em Washington e reconheceu que a redução drástica nas expectativas de cortes da taxa de juros dos Estados Unidos afetou variáveis macroeconômicas globalmente, com uma reprecificação de ativos.

Haddad disse que formuladores de política monetária e os agentes de mercado estão se ajustando à expectativa de que taxas de juros e o dólar ficarão mais altos por mais tempo, após o Federal Reserve sinalizar que deve adiar o início do ciclo de afrouxamento monetário.

Em meio ao recente aumento das incertezas quanto à política fiscal brasileira e ao ‘timing’ para o início do ciclo de afrouxamento monetário nos Estados Unidos, o ex membro do BC, Tony Volpon escreveu em suas redes sociais que o Banco Central pode ser obrigado a interromper os cortes de juros por aqui.

“Até a próxima reunião, muitas coisas podem/devem acontecer, mas se a reunião fosse hoje, o BC deveria manter a Selic no patamar atual e não fazer nenhum ‘forward guidance’, escreveu Volpon no ‘X’, antigo Twitter.

Em Nova York, os principais índices acionários encerraram sem direção definida, com destaque para o S&p500 e o Nasdaq 100, que registraram o quinto recuo consecutivo. Os mercados seguem pressionados pela deterioração do cenário macroeconômico e as incertezas em relação ao início do ciclo de cortes de juros na maior economia do mundo.

Os índices S&P500 e o Nasdaq 100 recuaram 0,22% e 0,52%, respectivamente, já o Dow Jones teve leve alta de 0,06%. Ao fim do dia, os rendimentos das Treasuries de dez anos subiam 5,0 pontos-base, a 4,635%, e as de dois anos avançavam 5,8 pbs, a 4,990%.

Ao longo do dia, importantes membros do Fed discursaram e falaram sobre suas perspectivas para o futuro da política monetária. Destaque para o presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, que disse não haver motivos urgentes para reduzir a taxa de juros no momento.

Williams acrescentou que o que quer que o Fed faça com relação à política monetária será determinado pelo desempenho da economia, e que sua expectativa é que “eventualmente” o Fed reduzirá os juros. No final de seu discurso Williams ressaltou que não é seu cenário base mas se por algum acaso fosse necessário a autarquia poderia elevar os juros para um patamar mais restritivo.

Investidores ainda reagiram aos últimos dados do mercado de trabalho, de pedidos semanais de seguro desemprego, que atingiram 212 mil, em linha com os números de uma semana atrás e levemente abaixo do consenso. O dado reforça um mercado de trabalho resiliente, o que sugere força na economia e consequentemente alimenta os temores dos investidores de juros altos por mais tempo.

Data Variação Pontuação Volume Financeiro
01/04/2024 -0,87%  126.990,45 R$ 19,8 bilhões
02/04/2024 0,44% 127.548,52 R$ 21,2 bilhões
03/04/2024 -0,18%  127.318,39 R$ 21,9 bilhões
04/04/2024 0,09% 127.427,53  R$ 31,1 bilhões
05/04/2024 -0,50%  126.795,41  R$ 20,7 bilhões
06/04/2024 1,63%  128.857,16  R$ 19,2 bilhões
 09/04/2024 0,80%  129.890,37 R$ 20 bilhões
10/04/2024 -1,41% 128.053,74 R$ 23,2 bilhões
11/04/2024 -0,51% 127.396,35 R$ 19,4 bilhões
12/04/2024 -1,14%  125.946,09 R$ 23,2 bilhões
15/04/2024 -0,49% 125.333,89  R$ 27,2 bilhões
16/04/2024 -0,75% 124.388,62  R$ 26,3 bilhões
17/04/2024 -0,17% 124.171,15 R$ 47,5 bilhões
18/04/2024 0,02% 124.196,18 R$ 21,7 bilhões

DESTAQUES DO IBOVESPA – (pregão à vista)

  • ALTAS IBOVESPA

TOTS3: +3,69% a R$ 28,09

YDUQ3: +3,01% a R$ 14,36

ASAI3: +2,65% a R$ 13,17

IRBR3: +2,15% a R$ 39,84

PRIO3: +2,02% a R$ 49,43

  • BAIXAS IBOVESPA

GGBR4: -16,11% a R$ 18,96

VAMO3: −4,57% a R$ 7,31

AZUL4: −3,07% a R$ 10,11

RAIZ4: −3,01% a R$ 2,90

BHIA3: −2,93% a R$ 6,30

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

  1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

    Brisanet (BRIT3)

    A Brisanet informou os dados operacionais referentes ao mês de março. Saiba mais…

    GPA (PCAR3)

    O GPA, dono das bandeiras Pão de Açúcar e Extra, está empenhando em monetizar seus canais de venda com publicidade, estratégia conhecida como retail media (mídia de varejo). No ano passado, o grupo criou uma área específica para atender a esse propósito e conseguiu um crescimento de 80% na receita com publicidade em relação a 2022. O número não é público, mas a empresa tem, para 2024, a meta de expandir em pelo menos 45% a cifra alcançada em 2023. Saiba mais…

    Lavvi (LAVV3)

    As vendas líquidas da Lavvi somaram R$ 803 milhões no 1º trimestre de 2024 (visão total) ou R$ 694 milhões no %Lavvi, um crescimento de 376% na base anual, impulsionados pela 1ª fase do projeto Alive. Saiba mais…

    M. Dias Branco (MDIA3)

    A M. Dias Branco anunciou que o seu conselho de administração aprovou o programa de recompra de ações de emissão da companhia. Saiba mais…

    Oi (OIBR3/OIBR4)

    O plano atualizado de recuperação judicial apresentado nesta quinta-feira, 18, pela Oi à assembleia geral de credores preserva os pontos essenciais do plano original e fornece liquidez à companhia até a alienação de ativos, de acordo com Thales Paixão, diretor jurídico da tele. “As condições do financiamento não foram alteradas de forma substancial”, disse. Saiba mais…

    Petrobras (PETR3/PETR4)

    A questão sobre o pagamento de dividendos extraordinários da Petrobras não está na pauta da reunião do conselho de administração da petroleira marcada para sexta-feira (19), e serão os acionistas da empresa que devem bater o martelo sobre o assunto em assembleia na próxima semana, afirmaram à Reuters quatro fontes próximas às discussões. Saiba mais…

    A diretoria executiva da Petrobras aprovou a cessão da totalidade de sua participação nos campos de Cherne e Bagre, localizados em águas rasas na Bacia de Campos, para a Perenco Petróleo e Gás do Brasil Ltda (Perenco). A produção dos dois campos foi interrompida em março de 2020 e as respectivas plataformas estão hibernadas desde então. Saiba mais…

    A Petrobras assinou um protocolo de intenções com a China National Chemical Energy Company (CNCEC), que abrange diversas áreas, com destaque para energias renováveis e transição energética. Saiba mais…

    O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse nesta quinta-feira, 18, que a decisão sobre dividendos extraordinários, que deflagrou a última crise da companhia, está nas mãos do Conselho de Administração (CA) e que o governo federal vai orientar seus representantes a este respeito. Ainda assim, questionado por jornalistas, ele admitiu à possibilidade de que o governo leve uma proposta de pagamento diretamente à assembleia de acionistas do dia 25 de abril, sem que isso passe pelo CA. Saiba mais…

    A Petrobras monitora as condições de mercado e, por enquanto, não vê razão para mexer nos preços de combustíveis, disse o presidente-executivo da empresa, Jean Paul Prates, em entrevista a jornalistas nesta quinta-feira (18). Saiba mais…

    Sabesp (SBSP3)

    A oferta subsequente de ações (follow-on) para a privatização da Sabesp será feita em dois blocos. O primeiro engloba 15% do total de papéis destinado a um investidor estratégico, com a competição pelo maior preço. Saiba mais…

    O projeto de lei da Câmara Municipal de São Paulo que viabiliza a privatização da Sabesp na capital foi aprovado. A primeira votação ocorreu nesta quarta-feira, 17, pelo placar de 36 votos favoráveis e 18 contrários. Saiba mais…

    Taesa (TAEE11)

    A Taesa captou R$ 1,3 bilhão através de uma emissão de debêntures, distribuídas em duas séries distintas.

    (Com informações da TC Mover e Momento B3)

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