IBOVESPA TEM DECLíNIO MARGINAL COM VALE ATENUANDO EFEITO DE TREASURY

O Ibovespa fechou com um declínio marginal nesta quarta-feira (24), com o avanço da Vale atenuando o efeito do movimento dos títulos do Tesouro norte-americano, enquanto agentes financeiros aguardam dados dos Estados Unidos para buscar mais pistas sobre os próximos passos do Federal Reserve.

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Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,07%, a 125.057,45 pontos, de acordo com dados preliminares, com o movimento de baixa atenuado pelas ações da Vale em meio à recuperação do minério de ferro na China e antes do balanço da companhia.

Para Jaqueline Kist, especialista em mercado de capitais e sócia da Matriz Capital, a alta em alguns indicadores econômicos e de inflação no Brasil e nos EUA e, principalmente, as falas dos dirigentes do FED em relação aos dados sinalizando um adiamento (em relação às expectativas) do início do ciclo de corte de juros trazem novamente à narrativa a máxima de “juros altos por mais tempo”. Esse cenário na economia americana limita também a possibilidade de cortes na taxa Selic, que já está sendo precificada entre 9,5% e 10% no final do ano (contra 9% há algumas semanas), também após falas do Campos Neto na última semana. A curva de juros americana e brasileira reagem em alta, aumentando o prêmio de risco atrelado à bolsa brasileira.

Na máxima do dia, o Ibovespa chegou a 125.472,55 pontos. Na mínima, a 124.555,92 pontos. O volume financeiro na bolsa somava R$ 17,68 bilhões antes dos ajustes finais.

Após três sessões em baixa, o dólar à vista fechou a quarta-feira em alta ante o real, em sintonia com o avanço da moeda norte-americana no exterior e com a elevação das taxas dos Treasuries, em um dia de leilão de títulos nos Estados Unidos.

O dólar sobe hoje na mesma esteira da curva de juros futuros em alta, com as expectativas dos juros altos por mais tempo nos Estados Unidos, o que aumenta a atratividade da renda fixa americana, chamando capital, e aumentando, portanto, o prêmio de risco avaliado especialmente nas bolsas de países emergentes. Na opinião de Jaqueline, uma expectativa de deterioração do cenário fiscal brasileiro, com a mudança da meta fiscal divulgada na semana passada, também tem influenciado esse fluxo aliado ao cenário americano.

O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,1492 na venda, em alta de 0,40%. Em abril, a divisa dos EUA acumula elevação de 2,66%.

Às 17h03, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,20%, a R$ 5,1485 na venda.

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